quinta-feira, 29 de abril de 2010

Meu nome não é Jack e seu nome não é Rose


N
os dias nuviados, daqueles que não conseguimos ver o céu, parece que estamos presos dentro do mundo.
E presos dentro de nós mesmos.



Foi ainda noutro dia que me peguei dizendo coisas no meio de uma conversa. Coisas que nem eu sabia que eu pensava ou achava. Mas a certeza com que eu disse me fez acreditar nas palavras saídas de mim.

Não medi nem calculei, simplesmente afirmei.
Aí surgiu o problema. E se for realmente verdade?

Provavelmente, os conversantes daquela roda nem se lembram mais da conversa que tirou minha calma. Nuviou minha cabeça com esses pensamentos pouco pensados. Essas indagações sempre evitadas.



A afirmação em questão, que já deve causar certa curiosidade aos leitores, veio da acusação de uma amiga. "Vocês têm a sorte de já terem encontrado o amor de vocês". De pronto respondi: Já encontramos e deixamos partir. Você, pelo menos, tem a chance de fazer diferente.

O que fazer diante do meu atestado próprio de incompetência?
Uns comeriam chocolate vendo Titanic. Outros buscariam o amor perdido montados num cavalo branco.
Prefiro seguir a filosofia que tanto detesto, mas que me serve agora. Popularizada na voz do grande Zeca, deixo a vida me levar. Às vezes, é preciso mudar o foco.

E enquanto não mudo de opinião, me conforto por acreditar em destino.

5 comentários:

  1. Uma linda declaração de amor, enfim. BRAVO!

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  2. se todo dia eu ler uma coisa como isso, minha vida vai ser melhor, te juro.

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  3. Deveria ser diferente: vocês têm a sorte de já terem encontrado UM amor de vocês.
    Afinal, tem um monte espelhado por aí.

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  4. Não seria destino vocês já terem encontrado um amor de vocês?

    Direi aqui outra coisa que já ouvi por aí - como saberemos se o amor que vivemos são maiores do que os que deixamos partir? - é confortável mesmo acreditar em destino...

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  5. bate aqui então porque somos muitos que acreditamos em destino o/

    texto com luz própria, este seu.
    lindo demais :)

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