quinta-feira, 29 de abril de 2010

Meu nome não é Jack e seu nome não é Rose


N
os dias nuviados, daqueles que não conseguimos ver o céu, parece que estamos presos dentro do mundo.
E presos dentro de nós mesmos.



Foi ainda noutro dia que me peguei dizendo coisas no meio de uma conversa. Coisas que nem eu sabia que eu pensava ou achava. Mas a certeza com que eu disse me fez acreditar nas palavras saídas de mim.

Não medi nem calculei, simplesmente afirmei.
Aí surgiu o problema. E se for realmente verdade?

Provavelmente, os conversantes daquela roda nem se lembram mais da conversa que tirou minha calma. Nuviou minha cabeça com esses pensamentos pouco pensados. Essas indagações sempre evitadas.



A afirmação em questão, que já deve causar certa curiosidade aos leitores, veio da acusação de uma amiga. "Vocês têm a sorte de já terem encontrado o amor de vocês". De pronto respondi: Já encontramos e deixamos partir. Você, pelo menos, tem a chance de fazer diferente.

O que fazer diante do meu atestado próprio de incompetência?
Uns comeriam chocolate vendo Titanic. Outros buscariam o amor perdido montados num cavalo branco.
Prefiro seguir a filosofia que tanto detesto, mas que me serve agora. Popularizada na voz do grande Zeca, deixo a vida me levar. Às vezes, é preciso mudar o foco.

E enquanto não mudo de opinião, me conforto por acreditar em destino.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Sobre perguntas, verdades e portas

E se eu quiser escrever sobre o nada? Ou sobre o tudo?
Na verdade, tanto faz. Nada é igual a Tudo.
Mais na verdade ainda é que tudo é igual, ou seja, nada.
A porta cinza pode ser janela.

Assim como o morro pode ser prédio, e vice-e-versa.
Mas verdade? Verdade é no que se crê ou no que se quer acreditar.
Sua dúvida é minha verdade, sua certeza é minha desconfiança.


E assim o mundo vai, não parando de rodar. Ou é o resto que gira em torno de nós? Nós, seres humanos. De tamanha importância diante deste ínfimo universo. Ou é o universo que é importante e nós somos ínfimos?
Conotações e clichês deixados de lado, deixemos de lado também a busca da verdade absoluta.
E nada de ponto de vista. Tolerância é a alma do negócio.

Perguntas respondidas ou não, essa é a verdade para mim. E para você?


Desanuviei.